A felicidade de ser dona do próprio restaurante

Quando era ‘meninoca’, como ela diz, Felicidade não gostava muito do seu nome. Até tentou que as pessoas a chamassem de Conceição (sobrenome por parte de mãe), mas não pegou. Hoje, com 89 anos, a empreendedora está sempre sorrindo no restaurante que foi batizado em sua homenagem.

 

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O Dona Felicidade vai completar 18 anos em dezembro e atende uma média de 4 mil pessoas por mês em São Paulo. Ao servir pratos simples, mas que prezam pela qualidade, o local vende 500 feijoadas e 350 quilos de bacalhau por mês.

As receitas da Dona Felicidade foram responsáveis pelo direcionamento do negócio da família. Quando casou, em 1945, com Manoel Bastos, o marido não queria que a mulher trabalhasse e sempre manteve outras atividades com sócios. “Minha vontade sempre foi ter um negócio nosso. Ele não me aceitava atrás de um balcão, mas foi atrás do balcão que nós crescemos”, lembra a empresária.

 

O primeiro negócio foi uma mercearia, que ficou instalada em dois lugares antes de alcançar o reconhecimento com o nome de ‘Pé pra fora’. O casal e os cinco filhos moravam na parte de cima e os pratos que Dona Felicidade levava para o marido almoçar começaram a chamar a atenção dos clientes. O jeito foi descer o fogão para atender a demanda do consumidor.

De bar e mercearia, o local passou a servir refeições e ganhou ainda mais fama. Depois da morte do patriarca em 1986, Dona Felicidade e dois filhos, Sérgio e Toninho, ainda continuaram oito anos na administração até venderem o ponto.
A mudança para a Vila Romana foi feita em 1996 com a inauguração do restaurante Dona Felicidade, em um espaço oito vezes maior que o anterior.

“Meu pai dizia: o cliente podia reclamar do preço, mas não podia reclamar da comida. Porque o dia que ele tiver dinheiro ele volta e come. Mas se ele reclamar da comida, nem com dinheiro ele volta”, lembra Sérgio. Atualmente, o local conta com a supervisão e simpatia de Dona Felicidade diariamente. “Eu adoro isso aqui. Eu vou ficar sozinha em casa fazendo o que? Prefiro lidar com gente”, afirma a empreendedora.

Um acerto
Para Dona Felicidade, o acerto foi ela ter insistido com o marido para o casal abrir um negócio só deles. A vontade existia desde o casamento, mas Manoel não queria que a mulher trabalhasse. “Ele não me admitia atrás de um balcão, mas foi atrás do balcão que nós crescemos.” A primeira empresa foi uma mercearia e o sucesso veio com os pratos preparados por ela.

Um erro
Mãe e filhos não apontaram um erro que comprometeu gravemente o negócio. Sérgio afirma que eles sempre tiveram o pé no chão e agiram com cautela. “Demos umas cabeçadas, não acertamos tudo. Tivemos erros de percurso que foram corrigidos na rota, nada que prejudicasse. Conforme eles foram acontecendo, nós fomos acertando”, afirma Toninho.

Uma dica
A família nunca pensou em mudar de segmento. Depois de seis anos com o restaurante Dona Felicidade, eles aproveitaram uma oportunidade e abriram o bar Tiro Liro. “Não é tudo mil maravilhas. Quem quer entrar no ramo terá que se dedicar e trabalhar muito”, afirma Toninho. “Não existe zona de conforto. A concorrência está aí”, completa Sérgio.

Fonte: http://pme.estadao.com.br/noticias/casos-de-sucesso,a-felicidade-de-ser-dona-do-proprio-restaurante,5108,0.htm

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